A eleição interna do PT Tocantins realizada dia 06 de julho de 2025 foi marcada por questionamentos em torno da apuração dos votos. Após a divulgação de um resultado oficial que apontava vantagem para Diego Montelo, a chapa liderada por Professor Nile William apresentou inconsistências, indicando subtração de votos da oposição e inflamento dos números da situação.
A Câmara de Recursos analisou os recursos das chapas 400, 420, 480 e 490, contra a decisão da Executiva Estadual que anulou o PED em diversos municípios e, por 7 votos a favor e 1 contrário, portanto de forma terminativa, decidiu:
- Validar as eleições realizadas em Arraias, Bandeirantes do Tocantins, Colinas, Esperantina, Itacajá, Mateiros, Miranorte, Muricilândia, Peixe, Praia Norte, Wanderlândia e Xambioá;
- Validar parcialmente as eleições em Goiatins, Presidente Kennedy, Silvanópolis e Tabocão, apenas para registro das direções municipais (sem totalização estadual e nacional, por ausência de documentação no prazo);
- Anular a eleição em Tocantinópolis, determinando novo pleito municipal na data do segundo turno.
- Realizar o segundo turno entre Diego Montelo e Professor Nile, com garantia plena de fiscalização das chapas envolvidas;
- Constituir uma Comissão Especial de Revisão da Totalização, com representantes das chapas e da instância estadual, para revisar e corrigir eventuais erros na apuração do primeiro turno.
Em meio à disputa, a ala comandada pelo ex-deputado Zé Roberto apresentou uma perícia grafotécnica que anulou os votos de quase 20 cidades onde a oposição havia vencido. O laudo, produzido em apenas 24 horas, foi duramente criticado por falta de critérios técnicos e transparência. Em resposta, a oposição recorreu ao Diretório Nacional e apresentou um estudo independente, realizado por perito especializado ao longo de cinco dias, demonstrando a validade das atas contestadas.
O recurso foi acatado pela Direção Nacional do PT, que determinou a recontagem dos votos e reverteu a maior parte das anulações. Com a correção dos dados, o resultado final confirmou a vitória de Nile William no primeiro turno, com 1.331 votos contra 1.279 de Diego Montelo.
A decisão reforçou a legitimidade da apuração revisada e expôs fragilidades no processo conduzido no âmbito estadual, que se torna mais delicado por ter o candidato Diego Montelo como presidente da Comissão Eleitoral e detentor do cargo de Secretário de Organização do partido no Tocantins, o que facilita a manipulação de dados.
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